5. ANO EUROPEU DO PATRIMÓNIO CULTURAL - Lenda da Raposa e da Cegonha
Era uma vez, uma Raposa e uma Cegonha que viviam num lindo e agradável
campo verde.
Um dia a Raposa e a Cegonha encontraram-se no campo.
- Olá comadre – disse a Raposa.
-Olá, como vai, comadre Raposa? – disse a Cegonha
- Vou bem! Já tinha saudades suas. Quer ir amanhã jantar comigo a
minha casa e pomos a conversa em dia?
- Claro que sim! Lá estarei. – respondeu a Cegonha.
Na noite seguinte, a Cegonha chegou a casa da Raposa.
- Uuuum! Cheira muito bem! – disse a Cegonha ao ver a Raposa a fazer o jantar.
- Venha, venha comer, comadre. – disse a Raposa, olhando o comprido bico da Cegonha e rindo-se para si mesma.
A Raposa, que tinha feito uma saborosa sopa, serviu-a em dois pratos rasos e começou a lamber o seu prato, com a sua enorme língua.
A Cegonha bem tentava mas, o seu bico era demasiado comprido e
estreito e o prato demasiado plano. Ela bem picava, mas não conseguia comer
nada.
Como a Cegonha não queria dar parte de fraca, não se queixou, mas voltou
para casa cheiinha de fome e bastante aborrecida por ter caído na partida da
Raposa.
Claro que a Raposa, matreira, ficou a rir-se quando a Cegonha se foi embora.
A Cegonha pensou, voltou a pensar, e achou que a Raposa tinha sido muito mazinha e merecia uma lição.
Claro que a Raposa, matreira, ficou a rir-se quando a Cegonha se foi embora.
A Cegonha pensou, voltou a pensar, e achou que a Raposa tinha sido muito mazinha e merecia uma lição.
Então, no dia seguinte, convidou também a Raposa para jantar. Foi
bater à porta da Raposa e quando esta abriu, disse-lhe:
- Olá comadre, Raposa! Gostaria de retribuir o seu convite e, por
isso, venho convidá-la para jantar hoje em minha casa para comer um dos meus
petiscos.
- Convite aceite, terei muito gosto! – Respondeu a Raposa, pensando:
“Que grande otária, ainda me vem convidar depois da partida que lhe preguei!”
A Cegonha foi para casa e cozinhou uma apetitosa e bem cheirosa sopa,
tal como a Raposa tinha feito. Porém, desta vez serviu-a em duas almotolias
cuja abertura era muito alta e estreita e onde só o seu bico afiado cabia.
Quando a Raposa chegou, a Cegonha recebeu-a com toda a simpatia.
- Entre, comadre, venha comer a
minha sopa que está simplesmente deliciosa – disse a Cegonha, com o ar mais
cândido deste mundo, mas num tom irónico, claro.
Desta vez foi a Raposa que não conseguiu comer nada, a sua língua demasiado grande, não cabia na almotolia.
- Muito obrigada, comadre Cegonha, mas não tenho fome nenhuma. - disse a Raposa com um ar muito convencido. E voltou para casa de mau humor, porque a Cegonha lhe tinha retribuído a partida.
Moral da história: Não faças aos outros o que não que te façam a ti.
O convite da Raposa |
O convite da Cegonha |
Comentários
Enviar um comentário